BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP – O vice-presidente da Engevix Engenharia, Gerson de Mello Almada, um dos presos da sétima fase da operação Lava Jato, enviou uma reclamação ao STF (Supremo Tribunal Federal) para pedir a transferência do processo à corte. Sua alegação é de que o caso não é de competência da Justiça do Paraná. Por isso, quer a suspensão dos atos do juiz Sérgio Moro, entre eles o decreto que levou à sua prisão, e a remessa dos autos para o STF. A tese da Enegvix é semelhante à apresentada pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa no início da operação. Ele também tentou tirar o caso da Justiça do Paraná e enviá-lo para o STF alegando que pessoas com foro privilegiado, entre elas o deputado André Vargas (sem partido -PR), estão entre os investigados. O mesmo argumento é usado pela Engevix. A reclamação apresentada por Costa foi negada pelo ministro Teori Zavascki e ele acabou fazendo um acordo de delação premiada. Na ocasião, Teori entendeu que o processo estava correndo normalmente, com as pessoas sem foro privilegiado sendo processadas na Justiça Federal e as com foro privilegiado tendo seus casos remetidos para o STF nas delações premiadas firmadas no processo. Por isso, a reportagem apurou que expectativa é que Teori também negue o pedido da Engevix e mantenha o curso das ações como estão atualmente, parte na Justiça Federal do Paraná e parte em processos sigilosos no STF.