SÃO PAULO, SP – O vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, um dos presos da Operação Lava Jato, deixou o hospital onde estava internado e voltou à sede da Polícia Federal em Curitiba, no fim da tarde deste sábado (22). Leite havia sido levado para o Hospital Santa Cruz, na capital paranaense, na noite de sexta-feira (21), após passar por uma crise de hipertensão. O executivo é um dos 13 presos na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba. Leite é investigado por suspeita de participação em um esquema de fraude em licitações na Petrobras. Boletim médico divulgado na tarde deste sábado (22) pelo hospital informa que Eduardo Leite está com pressão arterial “satisfatória”, “bom estado geral”, e com exames “dentro da normalidade”. O texto, assinado pelo cardiologista Rubens Zenóbio Darwich, diz ainda que Leite já estava em condições de alta hospitalar. INVESTIGAÇÃO Eduardo Leite é um dos 24 presos na sétima fase da Operação Lava Jato, chamada de “Juízo Final”, que investiga um esquema de fraude em licitações na Petrobras. Reportagem da Folha de S.Paulo revelou que ele é citado pelo doleiro Alberto Youssef em conversas e mensagens interceptadas na Operação Lava Jato. Pelo teor das mensagens, o vice-presidente da Camargo Corrêa seria um dos executivos mais próximos do doleiro. Dentre os 25 alvos da operação que tiveram prisão decretada no dia 14 de novembro, apenas Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA), não foi encontrado pela PF e é considerado foragido. Outros 11 presos foram liberados após prestar depoimento.