RODRIGO VARGAS
CUIABÁ, MT – Marcado para Mato Grosso quando o São Paulo ainda sonhava alcançar o líder Cruzeiro e o Santos tinha chances de classificação à Libertadores, o clássico paulista, realizado na Arena Pantanal, foi perdendo seus atrativos ao longo das últimas semanas.
O Cruzeiro venceu jogos decisivos e praticamente colocou a mão na taça. E o Santos viveu uma sequência de seis partidas sem vitória que o tirou da disputa pelas vagas na competição continental.
Até mesmo o São Paulo se viu obrigado a dar menos importância ao jogo: derrotado no primeiro jogo da semifinal da Copa Sul-Americana, o time de Muricy Ramalho entrou em campo com uma formação mista –sem Ganso, Kaka e Luiz Fabiano.
O clima de amistoso não afastou os torcedores das duas equipes, que compareceram em grande número à Arena Pantanal. Em especial, os são-paulinos, que há 18 anos não viam a equipe jogar na capital mato-grossense –esta é a terceira partida do Santos em Cuiabá neste
ano.
E a presença de Rogério Ceni, que começou a carreira em Mato Grosso, bastava para muitos torcedores. “Ver o mito jogar já vale o ingresso”, afirmou o representante comercial Carlos Medeiros, que mora na cidade de Sorriso (400 km de Cuiabá).
A casa cheia serviu também para alfinetar outro rival alvinegro. A última partida do Corinthians na Arena Pantanal, pela 30ª rodada do Brasileiro contra o Vitória (BA), atraiu pouco mais de 6 mil pagantes.
“Ao menos em Mato Grosso, está comprovado que a maior torcida é a nossa”, disse o tricolor José Batista.