DIEGO IWATA LIMA, ENVIADO ESPECIAL
BELO HORIZONTE, MG – Após ter passado dez anos na Europa, Júlio Baptista, 31, chegou ao Cruzeiro no ano passado. Em dois anos, conquistou dois títulos do Campeonato Brasileiro e, embora não tenha sido titular absoluto, foi importante nas duas conquistas.
Para o jogador, revelado pelo São Paulo, estar no banco de reservas não é problema, pois a situação é parecida com a que viu nos times europeus, onde as montagens dos elencos prima pela qualidade total do grupo, não apenas dos titulares.
“Faz toda a diferença. Os jogadores que estiveram no banco do Cruzeiro hoje, poderiam ser titulares em muitas outras equipes do Brasil. Aqui, não há essa diferença. Há os que jogam mais ou menos, mas cada um com sua importância”, diz.
“Temos um revezamento entre os jogos, de acordo com as decisões do [técnico] Marcelo Oliveira e todo o grupo entende isso”, assegura.
De fato, uma observação rápida mostra jogadores desejados por outros clubes, como Borges, Ceará, Dagoberto, Nilton, Dedé, Manoel, Tinga, Marlone e Samudio tendo de se contentar com a situação de não atuarem na maioria dos jogos. E sem que isso gere algum tipo de conflito.
“Isso é fruto da habilidade do Marcelo Oliveira, que é um técnico que conquistou a todos e que tem credibilidade, porque sabe respeitar os jogadores, que é muito correto com todos. O grupo entende que as escolhas dele levam em conta apenas critérios técnicos, pensando no melhor da equipe”, diz.