BRASÍLIA, DF – O governo deve divulgar na próxima segunda-feira (1º) o resultado da perícia que analisou os restos mortais de João Goulart (1919-1976), cuja deposição da Presidência em 1964 iniciou a ditadura militar, anunciou nesta terça-feira (25) a Secretaria de Direitos Humanos.

De acordo com nota da secretaria, “os peritos trabalharão nos laudos encaminhados pelos laboratórios estrangeiros entre hoje e segunda-feira, quando o resultado oficial será apresentado à família e depois tornado público”. O trabalho, feito a pedido da família de Jango, como Goulart era conhecido, pode revelar se ele foi ou não morto por envenenamento em seu exílio na Argentina.

Cardíaco, ele sofreu um ataque do coração. Mas há anos seus familiares afirmam que ele pode ter sido morto numa ação da Operação Condor –nome do trabalho conjunto das ditaduras do Cone Sul para assassinar opositores. Os resultados, que podem também ser inconclusivos, devem constar do relatório final da Comissão Nacional da Verdade, criada para elucidar as violações aos direitos humanos durante a ditadura.