MARINA GALEANO
SÃO PAULO, SP – Principal jogador do Palmeiras, o meia Valdivia ainda não sabe se terá condições de enfrentar o Inter às 19h30 deste sábado (29), no Beira Rio, pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro.
A partida é decisiva para a equipe alviverde, que corre risco de rebaixamento.
“Preciso estar 100% para que o que aconteceu no domingo [23] não se repita. Vamos tratar durante a semana. Até agora não fiz exame nenhum. Mas senti um incômodo e espero que não seja nada grave”, disse o chileno em entrevista coletiva nesta terça-feira (25).
Valdivia chegou a jogar o primeiro tempo diante do Coritiba, mas se movimentou pouco devido ao incômodo no músculo posterior da coxa esquerda e foi substituído por Diogo no intervalo.
Para atuar no Couto Pereira, o meia fez tratamento intensivo no centro de treinamento do clube durante a semana e só viajou à capital paranaense no sábado à noite, depois da delegação.
“Coritiba era mais um jogo que tínhamos de nos doar. Mesmo não tendo 100% de condições, eu quis jogar. Infelizmente não deu certo”, acrescentou o camisa 10.
Questionado se se sente “em dívida” com o clube por ter atuado em menos da metade dos jogos do Palmeiras no Brasileiro, Valdivia consultou seu telefone celular antes de dar a resposta.
“Eu vim preparado para essa pergunta. Não me sinto em dívida com o Palmeiras. O time fez 36 jogos. Eu joguei 16, mas fiquei fora de apenas sete por lesão. Seis vezes estava na seleção [chilena], duas vezes fiquei suspenso e outras cinco vezes fiquei fora pela venda aos Emirados Árabes. Não era mais jogador do clube”, afirmou o meia.
“Então, em 13 partidas, ninguém pode apontar o dedo na minha cara e falar que a culpa é minha. A torcida do Palmeiras tem me mostrado o quanto fui importante nessa reta final”, acrescentou.
Com 39 pontos, a equipe comandada pelo técnico Dorival Júnior ocupa a 16ª colocação do torneio, a apenas um ponto do Vitória, primeiro da zona do rebaixamento.
Apesar do cenário desanimador, Valdivia lembra que o Palmeiras só depende de si mesmo para permanecer na elite do futebol.
“A gente ainda tem chance [de não cair], mas não dá para estar tranquilo, não. É vergonhoso brigar para não cair no ano do nosso centenário. Antigamente, você ganhava título e ficava na história. Agora, no Palmeiras, deixar o time na Série A é motivo para virar ídolo. É o que as pessoas têm falado”, disparou o jogador.