SÃO PAULO, SP – Grupos que protestavam contra a decisão do grande júri de Ferguson –que decidiu não indicar o policial que matou Michael Brown– invadiram a prefeitura de St. Louis na tarde desta quarta-feira (26).
A polícia bloqueou a entrada do prédio e chamou mais de uma centena de oficiais para conter os manifestantes.
Pelo menos duas pessoas foram presas após o incidente, em que os manifestantes gritavam “vergonha, vergonha”, enquanto corriam para dentro do edifício.
Os manifestantes faziam parte de um grupo de cerca de 300 pessoas que marcharam e realizaram um julgamento simulado de Darren Wilson, o policial branco de Ferguson que atirou e matou Michael Brown, 18, no dia 9 de agosto.
Na noite de terça-feira (25), manifestantes foram às ruas novamente, mas havia centenas de policiais da Guarda Nacional, que haviam sido enviados à cidade pelo governo federal para evitar que se repetissem os protestos da segunda-feira (24).
Ferguson
No dia 24, após a revelação de que o policial não seria indiciado, protestos tomaram as ruas da cidade, e 12 prédios comerciais foram incendiados. Houve 58 prisões –45 em Ferguson e 13 em St. Louis.
Desde a decisão do grande júri, os manifestantes, em cidades de todo o país, se uniram entoando o refrão “mãos para cima, não atire” e chamando a atenção para outros assassinatos cometidos pela polícia.
Também nesta quarta-feira, autoridades disseram que o carro onde o corpo de um homem de 20 anos foi encontrado em Ferguson após os motins foi incendiado propositalmente.
A morte de Deandre Joshua está sendo investigada como homicídio, mas a polícia não informou se ela está diretamente ligada aos protestos na cidade.
Uma autópsia no corpo determinou que Joshua morreu após ter recebido um tiro na cabeça.