SÃO PAULO, SP – Eleito em outubro de 2008 para substituir Ziza Valadares, que renunciou ao cargo, Alexandre Kalil, 55, deixará a presidência do Atlético-MG no próximo dia 3 de dezembro como o maior presidente da história de 106 do clube mineiro.
Em sua gestão, o Atlético-MG exorcizou o fantasma de pé frio e conquistou títulos importantes como a inédita Taça Libertadores da América-2013 e a Copa do Brasil-2014, além da Recopa Sul-Americana e três mineiros: 2010, 2012 e 2013.
Antes de Kalil, o clube tinha como o maior título de sua história o Brasileiro-1971, além de faturar diversas vezes o Campeonato Mineiro e ser bicampeão da extinta Copa Conmebol (1992 e 1997) e outros torneios amistosos.
“Saio com a sensação absoluta de dever cumprido, graças a Deus e a Santa Rita de Cássia. Tenho absoluta certeza de que não poderia morrer sem ser presidente do Atlético-MG”, disse Kalil, que será substituído por Daniel Nepomuceno, eleito por aclamação.
“Acabou aquele negócio de ser bonito e sofrer. Passamos pela faixa de Gaza e tomamos Jerusalém. Meu maior legado é dar ao torcedor o ódio de perder e a alegria de ganhar. Porque eu não gosto de perder, sou mal educado quando perco, e avacalho qualquer jogo”, acrescentou Kalil em entrevista à rádio Globo.
A trajetória de Alexandre Kalil no Atlético-MG teve um começo difícil. Filho de Elias Kalil, presidente do clube no início da década de 80, que conquistou cinco estaduais em seis anos, o dirigente viu a equipe brigar contra a degola no Brasileiro de 2010 e 2011 -a exceção foi em 2009.
O presidente, porém, começou a mudar a história quando anunciou a contratação de Ronaldinho em junho de 2012. Na oportunidade, o clube foi vice-campeão brasileiro e ganhou a vaga na edição de 2013 da Taça Libertadores, quando conquistou o inédito título.
O mandatário também viu a equipe naufragar no Mundial de Clubes, quando foi eliminado pelo Raja Casablanca, do Marrocos.