BRASÍLIA, DF – O futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou nesta quinta-feira (27), em seu primeiro pronunciamento, as metas de economia do setor público para os próximos três anos e a decisão de tornar a compatibilidade pública mais transparente. Também disse que o governo irá cortar o repasse de dinheiro aos bancos públicos.
“O objetivo imediato do governo e do Ministério da Fazenda é estabelecer uma meta de superavit primário para os próximos anos”, afirmou Levy.
A meta será de 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2015 e, no mínimo, de 2% do PIB nos dois anos seguintes.
Segundo Levy, esse patamar é compatível com o objetivo de reduzir o endividamento
“Desde que não haja ampliação do estoque de transferências do Tesouro para as instituições públicas”, afirmou.
“Alcançar essas metas é fundamental para o aumento da confiança na economia brasileira e para criar as bases para a retomada do crescimento econômico e a consolidação dos avanços sociais dos últimos anos”, afirmou.
CONTAS PÚBLICAS
Sobre a transparência das contas públicas, afirmou que é importante que os dados possam ser avaliados por toda a sociedade.
“Esse compromisso é indispensável para a redução da incerteza em relação ao objetivo do resultado do setor público e é ingrediente importante para a tomada de risco pelas empresas, trabalhadores e famílias brasileiras.”
Levy afirmou que um entrave ao crescimento é a baixa taxa de poupança no país e que ampliá-la será a prioridade do governo.
“Para esse fim, o governo federal dará o exemplo, aumentando sua poupança, que é o superavit primário. E contribuirá para que outros entes sigam o mesmo caminho.”
CONFIANÇA
O futuro ministro da Fazenda disse ainda que a confiança é a “mola” para que o país possa crescer. Destacou ainda a necessidade de aumentar a produtividade da economia.
Levy afirmou ainda que será vital o apoio do Congresso Nacional para aprovação de uma agenda microeconômica e também em “questões de envergadura”.
No início de sua fala, Levy afirmou que é “mais que uma honra, um privilégio” substituir o mais longevo ministro da Fazenda durante um regimento democrático no Brasil, em referência a Guido Mantega.