SÃO PAULO, SP – O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, disse hoje que o país apoia um prazo de dois anos para resolver o conflito entre israelenses e palestinos, mas defendeu o reconhecimento de um Estado palestino em caso de fracasso das negociações.
“Se esse esforço final para chegar a uma solução negociada falhar, a França terá que fazer o que é preciso, ao reconhecer, sem demora, o Estado palestino”, disse Fabius, durante um debate sobre o tema na Câmara dos Deputados.
Os parlamentares deverão votar no próximo dia 2 sobre se o governo deve ou não reconhecer o Estado palestino, algo que o primeiro-ministro israelense chamou de “grave erro”.
Fabius disse aos deputados que, se eles reconhecerem a Palestina, isso não mudaria imediatamente a postura diplomática de Paris.
“Nas Nações Unidas, trabalhamos com nossos sócios para tentar a adoção de uma resolução do Conselho de Segurança com o objetivo de retomar e concluir as negociações. O prazo de dois anos é o mais mencionado e a França está de acordo”, disse.
Os palestinos afirmam estar dispostos a pedir à ONU o fim da ocupação israelense em 2016.
Fabius disse ainda que a França se prepara para receber uma conferência internacional sobre o conflito, mas não informou quando aconteceria nem os participantes.
Em outubro, a Suécia reconheceu o Estado palestino. Foi o primeiro país ocidental da União Europeia (UE) a tomar esta decisão.
No último dia 18, o Congresso espanhol aprovou uma proposição que pede ao governo o reconhecimento da Palestina.