O ator Guilherme Fontes não tem como pagar a dívida de R$ 66 milhões, referente ao filme Chatô, o Rei do Brasil, até hoje não lançado. Palavras do advogado dele, Alberto Daudt de Oliveira, nesta sexta-feira, um dia depois que Fontes perdeu o último recurso sobre a disputa judicial em que se envolveu.

Em 1995, Fontes captou R$ 8,6 milhões para a produção do filme sobre Assis Chateaubriand, um dos pioneiros das telecomunicações no Brasil. Contudo, o filme nunca foi lançado, e o ator – que iria dirigir o filme – teve que prestar contas sobre o dinheiro. Segundo Daudt, o montante foi inteiramente utilizado no filme.

Com as correções monetárias, o débito chegou a R$ 66,3 milhões. Na quinta-feira (27), o Tribunal de Contas da União (TCU) decretou que o ator tem que devolver esse dinheiro aos cofres públicos, em decisão para a qual não cabe mais recurso. “Não há a menor possibilidade de ele responder pela dívida alardeada”, falou o advogado. Além disso, o ator terá que pagar duas multas, de R$ 2,5 milhões cada.

Caso o ator não pague o que deve, parte do processo será enviada à AGU (Advocacia Geral da União) e a outra parte à Ancine (Agência Nacional de Cinema). Os dois órgãos, então, ficarão responsáveis de encaminhar o material à Justiça para efetuar a cobrança judicial.