Há pouco mais de 10 anos, a área de odontologia era considerada como de extrema exclusão social. Segundo o Levantamento Nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, em 2003, 13% dos adolescentes nunca haviam ido ao dentista, 20% da população total já havia perdido todos os dentes e 45% não possuía acesso regular a escova de dente. Os serviços públicos de saúde bucal eram basicamente para tratamentos mutiladores, ou seja, para retirada dos dentes.

O quadro atual é bem diferente, sendo que a mesma pesquisa foi realizada em 2010 e apontou uma melhora significativa na quantidade de cáries encontradas em crianças e adolescentes, com queda de incidência da doença em 19%. Quanto aos adultos, a grande mudança foi em relação à extração de dentes, que vem cedendo espaço para os tratamentos restauradores, sendo que as necessidades de próteses reduziram em 70%.
Há pouco tempo, extrair dentes era a prática mais comum no atendimento público. Hoje, com maior acesso a tratamentos e a prevenção, o foco das pessoas tornou-se estético. Nas 236 unidades da OdontoCompany, maior rede de clínicas odontológicas do país, os tratamentos mais procurados, na maioria das vezes por pessoas de baixa renda, são os clareamentos, as próteses ortodônticas e os implantes

Leide Cristina Moisés é de Suzano, na Grande São Paulo, tem 36 anos e trabalha como faxineira. Poucas vezes havia ido ao dentista antes de recorrer a OdontoCompany, rede de clinicas odontológicas que oferece tratamentos a preços populares. Hoje é paciente e todo mês retorna para acompanhamento e manutenção de suas próteses dentárias. A clinica da minha cidade aceitou parcelar o meu tratamento. Pude dividir em 18 vezes no boleto bancário. Sem essa facilidade seria impossível arcar com os gastos, explica.

Da mesma cidade é dona de casa Claudineia Moreira da Silva, de apenas 25 anos. Nunca havia ido ao dentista por falta de dinheiro. Na OdontoCompany de Suzano tem realizado tratamento que teve inicio com a extração de alguns dentes, limpeza e colocação de próteses, este parcelado em 36 vezes no boleto bancário. É a primeira vez que eu consigo dar a atenção devida aos meus dentes. Sorriso bonito abre portas.

As duas fazem parte das 115 mil pessoas atendidas pela rede desde 2011, época em que o negócio se tornou franquia e pode expandir para várias cidades. Já o número de tratamentos, considerando que vários pacientes realizam mais de um, é ainda maior: um milhão até o primeiro semestre deste ano. Além da qualidade, as vantagens relacionadas a preços e facilitações de pagamentos atraem públicos das classes C e D.
Parceria — A Secretaria Municipal da Saúde e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) estabeleceram em agosto uma parceria que possibilitará aos estudantes de Odontologia da instituição acompanhar de perto os trabalhos das equipes de saúde bucal do SUS Curitiba.

A ação também vai permitir maior acesso da população aos equipamentos odontológicos da universidade. O convênio foi firmado nas diretrizes do GraduaCEO, iniciativa conjunta dos ministérios da Saúde e da Educação que visa à maior integração entre a comunidade acadêmica e o sistema público de saúde. O curso de Odontologia da UFPR possui 180 equipamentos, distribuídos em três grandes clínicas, além de um centro cirúrgico, serviço de radiologia e três laboratórios.

 

Mesmo nas férias, atenção para a saúde bucal
Férias, festas e altas temperaturas marcam a chegada do verão no mês de dezembro e com isso esse período chegam as dietas de verão. Muitas vezes as pessoas aderem a dietas radicais e ficam mais de três e quatro horas sem se alimentar. Essa atitude, segundo a Associação Brasileira de Halitose (ABHA), ocorre um queima de gordura do organismo com a liberação de compostos voláteis mau cheirosos no organismo e via pulmonar, que são eliminados na respiração, causando o mau hálito.

Além dos alimentos e do jejum, os remédios de emagrecimento geralmente na sua composição possuem ação na diminuição da produção da saliva. Esse elemento funciona como um detergente bucal, eliminando bactérias e matéria orgânica que ficam estagnadas na boca, causando a halitose.
Atualmente a halitose representa 30% da população do país, que é equivalente a 60 milhões de pessoas e segundo a associação esse número alarmante representa um problema de saúde pública no Brasil e pode estar relacionado a algum problema de saúde.