A história do Estádio Joaquim Américo viveu seus piores momentos nos anos 80. Os detalhes desses momentos estão no livro Arena da Baixada – 100 Anos, de Heriberto Machado e Milene Szaikowski, que será lançado na próxima terça-feira (dia 16).

Naquele período, a diretoria do Atlético fez um contrato de 100 anos com Federação Paranaense de Futebol para jogar no Estádio Pinheirão. A Baixada ficou abandonada e alguns dirigentes estudaram vender o local, que seria transformado em shopping center. No entanto, um movimento de atleticanos convenceu o clube a retomar o Joaquim Américo, o que ocorreu em maio de 1994.

Em 1997, o estádio foi fechado. E reinaugurado em 1999, ganhando o apelido de Arena da Baixada. O presidente do Atlético na época, Mario Celso Petraglia, já projetou o estádio dentro dos padrões Fifa para sediar a Copa do Mundo. No entanto, a entidade mudou radicalmente o caderno de encargos para receber a competição por diversas vezes e obrigou o clube a novas obras entre 2011 e 2014.

O livro de Heriberto e Milene conta em detalhes toda as negociações para trazer a Copa para a Arena. Lembra que em 2005, durante entrevista coletiva, Petraglia afirmou: A Copa será no Brasil e será na Arena. Mas ele enfrentou forte resistência. Em 2007, o então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, tirou Curitiba do mapa da Copa, porque tinha graves desentendimentos com o então presidente da Federação Paranaense de Futebol, Onaireves Moura. Mas foram vários outros duelos políticos e técnicos para manter Curitiba na Copa, relata cuidadosamente o livro.