SÃO PAULO, SP – Os hackers que invadiram os computadores da Sony Pictures no dia 24 de novembro agora ameaçam os cinemas que exibirão o filme “A Entrevista” de um ataque terrorista. Segundo informa a revista “Variety” nesta terça (16), o grupo que se auto-intitula “Guardians of Peace” liberou o pacote de informações sigilosas que havia prometido como “presente de Natal”. O conteúdo divulgado ainda é desconhecido, mas o nome do arquivo é “Michael Lynton” –o presidente do estúdio.

“Nós vamos mostrar claramente para vocês nos próprios lugares e horas onde ‘A Entrevista’ será mostrado, incluindo a première, o destino amargo a que estão condenados aqueles que buscam diversão no terror”, diz a mensagem do grupo. “O mundo ficará cheio de medo. Lembrem o 11 de setembro de 2001 [data do atentado ao World Trade Center, em Nova York].” Eles recomendaram ainda que as pessoas “fiquem longe dos locais [que exibirão o filme]”, inclusive abandonando suas casas.

SONY LEAKS

Dados sigilosos do estúdio Sony Pictures têm sido distribuídos na internet por hackers que pedem que o estúdio suspenda o lançamento do filme “A Entrevista” –em que Seth Rogen e James Franco farão dois repórteres encarregados de matar o líder norte-coreano Kim Jong-un.

Investigadores do FBI, no entanto, disseram não haver evidências que confirmassem que o ataque partiu de Pyongyang –coisa que o governo da Coreia do Norte também nega, embora não condene os vazamentos. Os prejuízos para a Sony podem chegar a US$ 100 milhões, segundo especialistas.

Já foram liberados, entre outras coisas, os filmes inéditos “Annie” e “Corações de Ferro”, o roteiro do novo filme do 007 e e-mails constrangedores em que executivos do alto escalão de Hollywood ofendem Obama, Angelina Jolie e Leonardo diCaprio.

Uma das conversas mostra que a atriz Jennifer Lawrence recebeu menos que seus colegas homens por sua participação em “Trapaça” e um documento revela os nomes falsos utilizados por celebridades como Nicole Kidman e Tom Hanks para passarem anônimos.