O prolongamento da convivência familiar entre pais e filhos originou o termo geração canguru, pessoas de 25 a 34 anos que ainda vivem na casa dos pais. A nova pesquisa do IBGE Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2014, demonstrou um aumento de jovens que permanecem no conforto da casa dos pais por mais tempo.

Entre 2004 e 2013, a proporção de indivíduos nessa condição subiu de 21,2% para 24,6%, ou seja, 1 em cada 4 jovens mora com os pais. As taxas de ocupação desses indivíduos são elevadas: 90,7% estão trabalhando, embora um pouco mais baixas do que a média deste grupo etário (93,1%). Por outro lado, a geração canguru possui maior escolaridade média (média 10,9 anos de estudo), indicando que a opção de viver na casa dos pais pode estar ligada à maior dedicação aos estudos, como pós-graduações e mestrados.

Quanto maior o rendimento familiar per capita, maior a presença de jovens de 25 a 34 anos vivendo com os pais. Na região metropolitana de Fortaleza, por exemplo, 21,9% dos arranjos familiares com renda familiar per capita de mais de 2 salários mínimos possuíam jovens de 25 a 34 anos de idade na condições de filhos. Por outro lado, na faixa de ½ salário mínimo, essa proporção era de apenas 9,4%.