SÃO PAULO, SP – A empresa Dalkia Ambiental/Vivante, contratada para os serviços de limpeza e manutenção da Santa Casa de São Paulo, demitiu 1.150 funcionários nesta quarta-feira (17). Eles passarão a cumprir aviso prévio a partir de quinta (18), continuando a atuar no hospital apenas até janeiro.
Segundo a empresa, a Santa Casa possui uma dívida de R$ 22 milhões com ela, referente aos meses de junho, junho, agosto e novembro, além de juros e multas decorrentes do descumprimento de cláusulas contratuais. Ela disse ainda que informou a Santa Casa há um mês que a situação tem comprometido inclusive o fornecimento de materiais de higiene e limpeza.
Em crise financeira, a direção da Santa Casa afirmou, em nota, que foi informada hoje sobre a interrupção dos serviços após aviso prévio dado aos funcionários e que “a nova superintendência da entidade está buscando uma solução para substituição da prestação do serviço de limpeza a partir de janeiro de forma a garantir a continuidade do atendimento a população”.
Nesta terça também venceu o prazo pedido pela Santa Casa a médicos e enfermeiros que ameaçam entrar em greve por conta do atraso dos salários. A entidade não fez os pagamentos a 669 funcionários e pediu um novo prazo. A entidade diz que na sexta-feira (19) deve ter a resposta de outros empréstimos bancários pedidos.
Com uma dívida de mais de R$ 700 milhões, a Santa Casa busca uma fonte de crédito para honrar o pagamento dos salários. Em troca, oferece imóveis como garantia. Caso a Santa Casa consiga o empréstimo, contudo, só serão feitos os pagamentos dos salários atrasados – e não da primeira parcela do 13º, atrasada desde novembro.
O Simesp (sindicato dos médicos), entretanto, diz que os profissionais devem garantir o atendimento enquanto houver diálogo com a Santa Casa. Em reunião realizada desta quarta, o superintendente da entidade se dirigiu aos médicos da instituição pela primeira vez prometendo abrir a caixa preta dos problemas enfrentados.