PAULO ROBERTO CONDE, ENVIADO ESPECIAL
RIO DE JANEIRO, RJ – Na campanha que levou o Brasil ao topo do quadro geral de medalhas no Mundial em piscina curta (25 m) de Doha, no início do mês, ninguém brilhou mais que o paulista Felipe França, 27.
O especialista no nado peito obteve cinco medalhas de ouro no Qatar. Mas, para seus próximos objetivos, ele deve travar uma batalha com uma adversária que o incomoda: a balança.
Atualmente com 100 kg, França, que mede 1,85, quer chegar aos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em julho de 2015, e ao Mundial em piscina longa (50 m) de Kazan, no mês seguinte, com 5 kg a menos.
“Acho que uns 95 kg são o ideal para mim, é minha meta para o próximo ano”, disse o nadador do Corinthians, que obteve índice para Kazan nos 50 m peito nesta quarta (17), durante o Campeonato Brasileiro Sênior, no Rio.
Ele tem como maior objetivo a prova dos 100 m peito (que disputará neste sábado no torneio na capital fluminense).
Perder peso é importante para França, uma vez que quanto mais leve menos esforço para flutuar ele precisa fazer. Com isso, mais veloz fica.
O paulista contou que a mudança do Esporte Clube Pinheiros para o Corinthians, neste ano, influenciou positivamente na carreira. “Estou mais feliz, nadando melhor.”
Após os Jogos Olímpicos de Londres-2012, quando chegou com esperanças de medalha mas nem mesmo avançou à final dos 100 m peito, França entrou numa fase que intitulou de “quase depressão”.
Chegou praticamente aos 120 kg, deixou a natação e ficou fora do Mundial em piscina longa de Barcelona, em 2013.
O recomeço, ele aposta, atingiu seu auge agora, em Doha. Ele espera manter a escalada.