SÃO PAULO, SP – Depois de 11 meses afastado do cargo de CEO do grupo que controla a F-1 por conta da acusação de suborno da qual foi absolvido na Alemanha, Bernie Ecclestone foi restituído no cargo nesta quinta-feira.
A CVC Capital Partners, acionista majoritária da principal categoria do automobilismo internacional, anunciou ainda a chegada de novos membros ao seu quadro de diretores.
Luca di Montezemolo, que por 23 anos foi presidente da Ferrari e deixou a posição em outubro passado, será diretor não-executivo do grupo, bem como Paul Walsh, ex-executivo-chefe da Diageo, gigante de bebidas mundial.
Ambos assumem suas funções a partir de 1o de janeiro.
Montezemolo já havia ocupado este cargo antes, entre 2012 e 2014.
Ecclestone, 83, foi afastado oficialmente em janeiro para poder ser julgado na Alemanha, apesar de ter mantido normalmente suas funções no dia a dia da categoria.
Em agosto, ele entrou em um acordo de US$ 100 milhões com os promotores alemães para colocar fim ao processo no qual ele era acusado de suborno.
O dirigente inglês era acusado de ter pago US$ 44 milhões a Gerhard Gribkowsky, um ex-banqueiro alemão, na venda de cerca de 47% das ações da F-1 para a empresa CVC. Gribkowsky era o encarregado pelo banco BayernLB de vender esses direitos, em 2006.
O ex-banqueiro foi julgado e condenado a oito anos e meio de prisão por corrupção e fraude fiscal na Alemanha.
No caso de Ecclestone, os promotores sugeriram um acordo. Com ele, Ecclestone não terá registro criminal na Alemanha e não precisará mais comparecer duas vezes por semana a audiências, como acontecia desde abril.
Ecclestone tem uma fortuna estimada em US$ 3,8 bilhões pela revista “Forbes”.