PEDRO SOARES
RIO DE JANEIRO, RJ – Apesar do fraco crescimento econômico, a taxa de desemprego nas maiores metrópoles do país segue em patamar baixo e ficou em 4,8% em novembro em razão de um pequeno aumento da geração de vagas.
No entanto, diferentemente do esperado, não se trata do menor patamar da taxa de desocupação para o mês de novembro da série histórica do IBGE, iniciada em 2002. Os dados foram divulgados pelo instituto na manhã desta sexta-feira (19).
O resultado é superior ao de outubro, de 4,7%, e ficou acima da média das estimativas de analistas consultados pela agência Bloomberg, de 4,5%. A taxa de desemprego também ficou acima do percentual verificado em novembro de 2013 (4,6%).
O emprego, medido pelo número de pessoas ocupadas no mês, cresceu 0,5% de outubro para novembro, com a abertura de 105 mil vagas, totalizando 23,4 milhões de pessoas empregadas nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre.
Já o total de pessoas desempregadas somou 1,2 milhão, com alta de 4,4% frente a outubro (ou 50 mil pessoas). Segundo o IBGE, o total de inativos (pessoas fora do mercado de trabalho que não estão à procura de uma ocupação) caiu 0,8% de outubro para novembro. Esse contingente correspondeu a 18,9 milhões de pessoas.
PATAMARES BAIXOS
Durante praticamente todo o ano de 2014, a taxa de desemprego se manteve em patamares historicamente baixo não por causa da acelerada criação de empregos, mas sim porque muitas pessoas migraram para a inatividade.
Esse movimento ocorre em tempos de baixo crescimento econômico, quando a busca por um trabalho arrefece com a dificuldade de encontrar um emprego.
O aumento da renda das famílias nos últimos anos permitiu que mulheres e jovens pudessem ficar em casa cuidando dos filhos ou estudando, por exemplo. Tal tendência se repetiu em novembro.