RIO DE JANEIRO, RJ – Dois homens armados com paus, barras de ferro e pedras fizeram um arrastão na manhã desta sexta-feira (19), por volta das 5h30, na Linha Vermelha, uma das principais vias expressas do Rio, que liga o aeroporto internacional Tom Jobim (Galeão) ao centro.
Até as 10h, não havia informações de feridos. O ataque foi confirmado pelo Batalhão de Policiamento em Vias Especiais (BPVE).
No momento do arrastão, houve correria e o parabrisa de um carro chegou a ser estraçalhado com uma barra de ferro arremessada por um dos criminosos. Muitos motoristas abandonaram os veículos e correram na contramão da via para se proteger.
Os bandidos aproveitaram que os carros foram abandonados para roubar os pertences deixados neles. Algumas pessoas tiveram carteiras e celulares levados.
Segundo o BPVE, os assaltantes teriam saído da favela Vila dos Pinheiros, na Maré, e passaram por divisórias quebradas na pista. Vítimas disseram à polícia que a ação durou cerca de 10 minutos e foi “num ponto isolado” já que a segurança havia sido intensificada a partir das 5h desta sexta –com pelo menos 40 policiais, o dobro do que é de costume.
PMs disseram que o policiamento já havia sido intensificado porque aconteceram outros assaltos na via, na manhã de quinta (18), no mesmo horário. Ainda de acordo com a polícia, não há informações de onde foram feitos os registros dos assaltos.
SEGURANÇA NA MARÉ
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), pediu nesta quinta-feira ao governo federal a prorrogação da permanência do Exército no complexo de favelas da Maré, na zona norte da cidade. O pedido foi feito durante reunião com os ministros da Justiça, José Eduardo Cardoso, e da Defesa, Celso Amorim, em Brasília.
A Maré é o maior conjunto de favelas do Rio –formado por 15 comunidades com mais de 130 mil moradores. Ocupado pela Força de Pacificação do Exército desde 5 de abril, o complexo tem sido palco de tiroteios constantes mesmo com a presença dos militares.
Em novembro, um cabo do Exército morreu ao ser baleado na cabeça enquanto fazia ronda de rotina na Maré. Michel Augusto Mikami, 21, era de Vinhedo, interior de São Paulo.