SÃO PAULO, SP – Campeão olímpico em 2004, o técnico da seleção brasileira masculina de vôlei, Bernardinho, 55, afirmou que retirou um tumor maligno no rim há três meses. O treinador também disse que se sentiu traído após o relatório divulgado pela Controladoria-Geral da União revelar o desvio de pelo menos R$ 30 milhões do dinheiro de patrocínio durante a gestão do presidente da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), Ary Graça, entre 2010 e 2013, atual presidente da FIVB (Federação Internacional de Vôlei).
“Extirpei o tumor e estou aparentemente bem. A cirurgia completou três meses. Fico ruminando essa história, porque há um ano e dez meses não tinha problema de saúde. Mas a irresponsabilidade vai te maltratando e maltratando”, disse o técnico em entrevista à revista ‘Veja’.
“Eu me sinto traído, isso sim. As pessoas dizem que estou por trás dessas acusações. Não estou por trás de nada. Primeiro, porque, se tiver de fazer algo, faço pela frente. Muito mais que revoltado, hoje estou triste”, disse Bernardinho.
Na entrevista, o treinador afirmou também que se arrepende da briga com os jogadores pela premiação no Pan de 2007, no Rio de Janeiro. “Em 2007, cheguei a brigar com os jogadores. Antes do Pan do Rio de Janeiro eles queriam uma premiação que não havia sido estipulada. Achei que não era correto e defendi a instituição, imaginando que realmente não houvesse como atender. Hoje eu peço desculpas publicamente porque fui enganado. Havia dinheiro, sim”.