SÃO PAULO, SP – A reunião do grupo estratégico da F-1, realizada nesta quinta-feira, em Genebra, terminou sem que nenhuma mudança no regulamento da categoria fosse feita, mas com o desejo unânime das equipes de que alguns pontos sejam revistos para a temporada de 2016, especialmente os que se referem aos motores.
Participaram do encontro representantes das cinco maiores escuderias -Ferrari, McLaren, Mercedes, Red Bull e Williams-, além da Force India, sexta colocada no campeonato deste ano.
Bernie Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da F-1, quer reintroduzir na categoria motores mais potentes e mais baratos, mas mantendo o mesmo conceito híbrido que foi introduzido com os V6 turbo nesta temporada.
A ideia é que os times tenham um custo máximo de cerca de 10 milhões de euros por temporada com as unidades de potência.
Para baratear os gastos, uma das propostas que ganhou o apoio dos times é padronizar uma série de componentes dos motores. Quando mais partes padronizadas, mais baixos ficariam os preços para as equipes.
Como para o ano que vem não seria mais possível fazer mudanças, já que a temporada começa em 15 de março, na Austrália, a ideia é que as novidades sejam introduzidas em 2016.
Foi criado um grupo de estudos com representantes de Ferrari, Mercedes, Renault e Honda, as empresas que fornecem motores para a F-1 atualmente, para desenvolver propostas, que deverão ser apresentadas até o final do próximo mês para que possam ser analisadas e depois colocadas no regulamento.
A única decisão que foi tomada no encontro na Suíça foi que a quantidade de motores a que cada piloto tem direito por ano será mesmo diminuída de cinco para quatro, independentemente do número de corridas no calendário.
A volta do GP da Coreia do Sul, no ano que vem, que faria com que a F-1 tivesse 21 etapas, teria sido uma maneira de elevar a quantidade para cinco propulsores por temporada, mas as equipes concordaram que isso não irá mudar o número permitido, apesar de estar previsto no regulamento.