SÃO PAULO, SP – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse neste domingo (21), em entrevista à rede americana CNN, que fará “tudo o que puder” para fechar a prisão militar norte-americana na Baía de Guantánamo, que abriga presos acusados de terrorismo. Segundo Obama, a manutenção do complexo custa ao governo “milhões de dólares por preso” e, além de prejudicar a imagem do país no exterior, serve de “estímulo para jihadistas” e opositores dos EUA. “Guantánamo é contrária aos nossos valores e é muito cara. Nós estamos gastando milhões para cada indivíduo lá. [Por isso] temos reduzido a população ali significativamente”, disse. Neste mês, dez pessoas foram libertados da prisão. Com as transferências, incluindo a de seis presos para o Uruguai no início deste mês e outros quatro para o Afeganistão no sábado (20), a população de detentos foi reduzida a 132 pessoas. Destas, 63 são avaliadas pelo governo americano como “libertáveis” e 15 como de “alta valor” -entre eles o suposto autor intelectual dos atentados de 11 de setembro Jalid Sheij Mohamed. A transferência dos presos foi vista com um passo em direção à desativação da prisão americana, promessa de campanha do presidente Barack Obama há seis anos. Quando concorreu à presidência dos EUA pela primeira vez, Obama disse que a prisão deveria ser fechada, mas não foi capaz de fazê-lo em parte por causa dos obstáculos colocados pelo Congresso norte-americano.