SÃO PAULO, SP – O baterista Phil Rudd, 60, da banda AC/DC, que enfrenta julgamento na Nova Zelândia, diz querer “seu trabalho e a sua reputação de volta”. “Eu vou recuperá-los”, disse ele, em entrevista à televisão local TVNZ nesta segunda (22). O músico é acusado de ameça de morte e de porte de metanfetanimas e maconha. Ele se declara inocente –diz que as acusações são “ridículas”– e responde em liberdade, garantida após pagamento de fiança. Desde o início do processo, no começo de novembro, Rudd já conseguiu, porém, outros problemas com a Justiça. Há três semanas, discutiu com um homem do lado de fora de uma cafeteria, foi derrubado e levado a uma delegacia. Após o episódio, a Justiça manteve sua liberdade, ordenando, no entanto, que pare de usar drogas ilícitas. A próxima audiência de Rudd será em 10 de fevereiro. Durante a entrevista, ao responder quais eram seus planos para esta segunda-feira, manteve o estilo “rock star”. “Vou pescar, voar nesta tarde e fornicar muito hoje à noite.” “Todo mundo está ouvindo as pessoas erradas. Deveriam me ouvir, sou um cara bom, e sou um baterista muito bom, por sinal –pergunte ao Angus [Young, guitarrista do grupo] e ele vai te contar.” TURNÊ Na entrevista, Rudd declarou ainda que se reunirá com o AC/DC para a próxima turnê da banda, no ano que vem –o primeiro show será em maio, na Holanda. “Vou voltar a trabalhar com o AC/DC, não importa quem goste ou não disso.” O AC/DC lançou seu primeiro disco em mais de cinco anos, “Rock Or Bust”, no final de novembro. Rudd participou das gravações como baterista, embora não tenha aparecido nas primeiras fotos de divulgação da banda para o lançamento do disco e tenha sido substituído por Bob Richards em alguns dos clipes do novo trabalho. “A ausência de Phil não vai afetar o lançamento do nosso novo álbum, ‘Rock or Bust’, e a próxima turnê no próximo ano”, declarou a banda após a prisão de Rudd. A permanência do baterista é dada como incerta. O baterista, nascido na Austrália, vive na cidade litorânea de Tauranga, a cerca de 200 quilômetros de Auckland, desde que foi expulso da banda em 1983. Ele voltou ao grupo em 1994, mas permaneceu na Nova Zelândia, onde tem um restaurante.