Candidato à presidência da Câmara Federal, o deputado Eduardo Cunha voltou ontem Curitiba em busca de votos dos parlamentares paranaenses para a eleição. Ele se reuniu com o governador Beto Richa (PSDB) e sete deputados federais do Estado no Palácio Iguaçu, ontem à tarde.
O peemedebista disse estar confiante ao deixar o encontro com deputados do PSDB de são Paulo, que oficialmente apoiam Julio Delgado (PSB-MG) na disputa. A gente tem a segurança absoluta que vai ser resolvido no primeiro turno, disse o peemedebista, apostando na polarização entre sua candidatura e a do petista Arlindo Chinaglia.
Questionado se este prognóstico levava em conta possíveis dissidências no bloco de oposição liderado pelo PSDB, Cunha desconversou. Para ele, é possível vencer no primeiro turno sem os votos da oposição.
Tucanos reiteraram a intenção da bancada de São Paulo de apoiar Júlio Delgado, mas admitiram a possibilidade de apoiar Cunha caso a candidatura do PSB não emplaque ou mesmo seja retirada por falta de base de apoio.
Mais cedo, o presidente estadual do PSDB Duarte Nogueira havia dito que a bancada paulista caminharia com Delgado. Após a reunião com Cunha, o tucano disse que, como o voto é secreto, era impossível garantir que não haveria dissidências.
O candidato do PMDB aposta na polarização para que a disputa seja decidida em primeiro turno, mas pregou respeito a Delgado, o candidato oficial da oposição. Na medida em que o outro se lança candidato, a gente tem que, por respeito a ele, deixar que ele faça a campanha, afirmou. O processo tende a se acirrar, se polarizar por natureza, disse Cunha.