Os inquéritos contra políticos suspeitos de envolvimento do esquema de corrupção na Petrobras, desvendado pela Operação Lava Jato, chegarão ao Supremo Tribunal Federal (STF) em fevereiro, mas talvez só depois do carnaval. O cronograma de trabalho foi discutido na tarde de ontem, em Brasília, por um grupo de procuradores montado para auxiliar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Janot havia anunciado ano passado que levaria os inquéritos das autoridades envolvidas na Operação Lava Jato ao Supremo na volta do recesso do Judiciário – que acaba na próxima segunda-feira, dia 2. A menos de uma semana da retomada dos trabalhos da Corte, o procurador não está seguro de que conseguirá remeter os casos antes do carnaval, mas segue com o mês de fevereiro como prazo final.
Ele quer enviar todos os inquéritos e denúncias ao mesmo tempo para o STF para tirar o peso da Lava Jato das costas da PGR. A partir daí, caberá ao Supremo conduzir as decisões sobre a investigação de autoridades e parlamentares com foro privilegiado. Quando avaliar que não é mais necessário investigar o político suspeito – pois já existem indícios de provas suficientes -, o procurador pode encaminhar ao STF a denúncia direta. Neste caso, não é preciso pedir abertura de inquérito.