SÃO PAULO, SP – O governo do Estado de São Paulo foi cobrado nesta quinta-feira (28) por prefeitos da Grande São Paulo sobre a criação de um comitê para gerir a crise de abastecimento na região metropolitana.
Em uma reunião com prefeitos e com o secretário estadual de recursos hídricos, Benedito Braga, foi requisitado ainda um plano de contingência para o caso do agravamento da crise.
Os prefeitos criticaram ainda o plano de comunicação da Sabesp ao informar decisões sobre a questão.
“Não podemos receber uma notícia como a do rodízio pela televisão. O momento é de crise e, por isso, as informações não podem ser transmitidas assim”, reclamou o prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), sobre ter tido conhecimento pela imprensa de um estudo da Sabesp em implantar um rodízio na cidade de até cinco dias sem água.
“Nós ficamos tão surpresos quanto vocês [da imprensa]”, disse o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), sobre a possibilidade de rodízio de cinco dias.
A reunião foi fechada para a imprensa. Segundo relatos de prefeitos presentes, o secretário teria sinalizado que o rodízio pode começar a ser adotado em dois ou três meses.
“[O rodizio] não será adotado do dia para a noite. Se vier a acontecer todos serão avisados com antecedência”, disse Braga.
Segundo prefeitos, Braga se comprometeu com uma resposta aos prefeitos em até dez dias.