SÃO PAULO, SP – O governo russo informou nesta quinta-feira (29) uma redução de 10% nos gastos para a Copa do Mundo de 2018. O anúncio foi realizado pelo ministro de Esportes, Vitali Mutko.
“No que se refere aos gastos, assim como acontece nos demais ministérios, todos os programas serão reduzidos em 10%”, disse o ministro para a imprensa local.
A medida faz parte de um pacote de redução de investimentos públicos, como forma de frear a retração da economia da Rússia. O FMI (Fundo Monetário Internacional) prevê que o PIB do país deve cair 3% em 2015, enquanto o Banco Central estima queda ainda maior, de 4,7%.
Integrante do Comitê Executivo da Fifa, Mutko assegurou, contudo, que o corte não afetará as obras nos estádios.
Até o anúncio, o governo russo pretendia investir 664 bilhões de rublos (cerca de R$ 25,1 bilhões) na realização do Mundial. Metade desse valor seria destinado a infraestrutura de transportes (aeroportos e rodovias), enquanto um terço ficaria para as instalações esportes.
De acordo com a agência de notícias russa Tass, os cortes atingirão “questões organizacionais variadas” e “subsídios para o Comitê Organizador”.
Para 2015, Mutko assegurou que a prioridade é “celebrar no mais alto nível” o sorteio das Eliminatórias para o Mundial. A cerimônia está marcada para 25 de julho, no Palácio de Constantino, em São Petersburgo.
SEM REMORSO
Mesmo com a crise, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, garantiu que o país não renunciará ao direito de sediar a competição em nenhum caso.
“Este [o Mundial] é mais um motivo para o desenvolvimento da Rússia. Para isso não há remorso em usar as verbas”, disse Putin.
Neste mês, Joseph Blatter, presidente da Fifa, afirmou que havia recebido garantias da Rússia de que os problemas econômicos não afetariam a Copa de 2018.