SÃO PAULO, SP – A agência internacional de classificação de risco Moody’s alterou, nesta quinta-feira (29), a perspectiva da Vale de positiva para estável.
A agência também afirmou as notas Baa2 na escala global em moeda local e Aaa.br na escala nacional, além de Baa2 na escala global em moeda local Baa2 e Aaa.br na escala nacional atribuídas aos R$ 750 milhões em debêntures de infraestrutura da Vale.
Segundo a Moody’s, o perfil de crédito e as operações da empresa permanecem sólidos, mas incorporam a “deterioração nos fundamentos de mercado para minério de ferro e metais base, pressionando os preços das commodities em um período em que a Vale implementa uma fase de ampla expansão com investimentos substanciais.”
A agência disse também que, embora a empresa esteja bem posicionada para tolerar um ambiente de preços mais baixos, o aumento nos volumes e no teor do minério de ferro, resultante dos investimentos em implementação, deve compensar parcialmente os preços baixos de commodities, não devendo ser totalmente refletido nas métricas de crédito da empresa até 2017-2018.
NOTA REBAIXADA
Na sexta-feira (23), outra agência de classificação de risco, a S&P (Standard & Poor’s), rebaixou a nota de crédito da Vale de A- para BBB+, com perspectiva estável. Apesar disso, o grau de investimento (chancela de local seguro para se investir) foi mantido.
A nova nota da agência também reflete a queda no preço do minério de ferro, o que afeta a capacidade de geração de caixa da Vale enquanto suas despesas continuam altas, devido ao seu plano de investimentos.
RECOMENDAÇÃO
Também na sexta-feira (23), o banco americano Goldman Sachs reduziu a recomendação do ADR [recibo de ação negociado em Nova York] da Vale de compra para neutra. A decisão também foi motivada por piora nas previsões para os preços dos metais.