A greve de ônibus de Curitiba e Região Metropolitana chegou ao fim na noite desta quinta-feira (29). Segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), entrou na conta dos trabalhadores os vales das duas últimas empresas que ainda não haviam depositado os valores pendentes desde o dia 20. O pagamento integral dos 40% de adiantamento era pré-condição para que a greve fosse encerrada e 100% da frota voltasse à operação.

O depósito que pôs fim à paralisação foi confirmado às 19h40 de hoje. No final da tarde, o Sindimoc havia informado que as empresas Leblon Transporte de Passageiros Ltda e a Viação Nobel, que operam linhas de Fazenda Rio Grande, ainda estavam inadimplentes. Se o pagamento não fosse efetuado, a greve continuaria em pé, com 80% da frota nas ruas, como havia determinado o Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

O pagamento dos valores atrasados aos funcionários foi possível depois que o Governo do Estado pagou R$ 5 milhões dos R$ 16 milhões do subsídio estadual em atraso. O valor é referente aos três últimos meses de 2014.

Com o fim da greve, as atenções se voltam para a “novela” que se tornou a renovação da integração metropolitana. Urbs e Comec discutem um novo convênio, mas há um grande impasse na negociação, já que o governo estadual quer cortar substancialmente o valor do subsídio. Além disso, nesta sexta-feira (30) a Prefeitura de Curitiba deve anunciar o aumento no preço da passagem do ônibus, que deverá passar a custar mais de R$ 3.

Já no que diz respeito aos trabalhadores (motoristas e cobradores), no próximo dia 5 de fevereiro será feita uma nova audiência no TRT.  Estará em pauta o aumento salarial dos trabalhadores. Se houver novo atraso no pagamento, previsto para o dia 6, e se não for definido rapidamento o percentual de reajuste da categoria, uma nova greve pode acontecer.