FELIPE SOUZA
SÃO PAULO, SP – Quem passa diariamente pela região central de São Paulo sofre com o excesso de semáforos quebrados desde o início desta semana. Cruzamentos de vias importantes, como as avenidas Rudge, Rio Branco e São João, chegaram a ficar até três dias sem a sinalização.
O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, afirmou nesta quinta-feira (29) que a maior parte desses problemas ocorre devido à falta de energia. “O nobreak [aparelho que armazena energia] só aguenta por duas a três horas. A cidade está vivendo uma falta da energia devido ao excesso de chuvas, quedas de árvores, e isso acaba atrapalhando”, disse.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) também informou ter registrado “sequenciais furtos de fios” na região da avenida Rio Branco e ressaltou que sempre faz a troca da fiação após constatar os crimes. A companhia disse ter registrado boletins de ocorrência para que a polícia investigue os casos.
Na tarde desta quinta, a cidade tinha 55 semáforos quebrados mesmo sem registros de chuvas –o equivalente a 0,9% do total da cidade. No dia anterior, a cidade tinha 99 cruzamentos sem a sinalização semafórica, 1,6% do total.
De acordo com o secretário, a prefeitura está instalando um sistema de “reset”, capaz de fazer o conserto remoto dos equipamentos em alguns casos. “Já temos mais de 500 semáforos nessa modalidade. Porque às vezes eles deixam de funcionar apenas por causa de uma queda de energia e a gente tem que ir até o controlador para religá-lo manualmente. Agora, está sendo feito por uma central”, afirmou.
Tatto disse ainda que o número de semáforos com problemas registrado pela cidade está dentro do aceitável. “Em 2013, tínhamos picos de até 500 com problemas. Nossa meta agora é manter o padrão internacional de registrar problemas em, no máximo, 1% dos semáforos –o equivalente a 61. Isso atrapalha, mas a cidade está na sua normalidade, numa situação de conforto.”
A CET disse que tem 28 equipes para fazer a manutenção dos semáforos. A companhia afirmou que em dias “sem ocorrências climáticas importantes” consegue manter a cidade com menos de 0,5% dos semáforos inoperantes.
Questionada, a Eletropaulo não comentou a declaração do secretário e informou que não havia falta de energia em nenhum dos pontos citados.