GABRIELA GUERREIRO
BRASÍLIA, DF – Cobiçado pelos dois candidatos do PMDB que vão disputar a presidência do Senado, o PT deve apoiar o nome que for escolhido oficialmente pelos peemedebistas.
Os petistas vão tomar uma decisão oficial somente neste sábado (31), mas se reuniram por quase três horas nesta sexta (30) para discutir a sucessão pelo comando do Senado. As eleições que vão escolher o novo presidente do Senado ocorrem neste domingo (1).
O Planalto entrou em campo para apoiar a candidatura de Renan Calheiros (PMDB-AL) à reeleição, embora oficialmente afirme que o PMDB tem “independência” para escolher entre o atual presidente e o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), que se lançou na disputa.
Renan deve ser escolhido esta tarde pela cúpula do PMDB para ser o candidato oficial do partido, o que pode lhe garantir o apoio do PT. Luiz Henrique já avisou, porém, que vai entrar na disputa mesmo sem o respaldo da sigla, sendo uma espécie de “candidato avulso”.
Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) disse que a tendência da sigla é apoiar o nome oficialmente escolhido pelo PMDB, mas não há consenso entre todos os membros da bancada.
O PT é considerado essencial na disputa porque reúne a segunda maior bancada do Senado, com 14 membros. Apesar da pressão do Planalto para o apoio a Renan, há um grupo de petistas alinhados com Luiz Henrique que defendem a neutralidade da sigla na disputa.
Como o voto é secreto, Costa admitiu que mesmo que o partido decida por apoiar o candidato oficial do PMDB, no momento da votação cada parlamentar terá liberdade para decidir individualmente -por isso um grupo defende que a sigla se mantenha neutra.
O petista defendeu que os dois candidatos do PMDB encontrem uma solução para que apenas um se coloque na disputa, o que na prática não deve ocorrer.
“Essa é a tendência, que nós votemos no candidato oficial. Por isso o nosso desejo é que eles possam se entender porque são dois senadores que têm muito a contribuir no parlamento brasileiro”, afirmou Costa.
A bancada do PT volta a se reunir neste sábado, às 15h30, para discutir a sucessão no Senado.