KAIO ESTEVES
ARAÇATUBA, SP – Em resposta a pedidos de prefeitos paulistas, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou na manhã deste sábado (31) que está sendo criado um comitê gestor para tratar da crise hídrica que afeta o Estado.
O governo estadual foi cobrado, na última quarta-feira (28), por prefeitos da Grande São Paulo pela criação imediata de um comitê para gerir a maior crise de abastecimento de água da região metropolitana.
Durante agenda pública em Araçatuba (a 527 km de SP), para anunciar obras no aeroporto local e recursos repassados para as Apaes da região, Alckmin afirmou que o objetivo do comitê será buscar soluções para a crise.
“O comitê já está sendo instalado. Nós vamos fazer o comitê formado pelo governo, pela sociedade civil, entidades de classe, universidades, sindicatos, indústria, agricultura, comércio e prefeitos. Vamos ter um comitê para estar permanentemente dando total transparência, troca de informações, sugestões e propostas para este trabalho”, disse.
Sobre o plano de contingência para o agravamento da crise, outro apelo dos prefeitos da região metropolitana, Alckmin disse que o assunto está sendo estudado.
“Não tem nenhuma decisão tomada. O que estamos fazendo: uma redução importante de consumo através do estímulo do bônus, o sistema de VRP (Válvula Redutora de Pressão), diminuindo a pressão da água durante a madrugada”, disse o governador.
Ele disse ainda que o governo está fazendo distribuição gratuita de caixa d’água para famílias de baixa renda. “As pessoas que estão mais distantes precisam ter a caixa d’água. (…) Porque se a pessoa tem a caixa d’água, ela não sente o impacto da válvula redutora de pressão”, disse.
Durante a visita, Alckmin ainda elogiou a atuação da Sabesp: “A Sabesp tem administrado muito bem esta gestão da crise hídrica”.
Como medidas para o enfrentamento da crise, o governador citou as obras da ligação dos rios Atibaia e Jaguari e o projeto de interligação da represa Billings, na zona sul de São Paulo, com o sistema Alto Tietê, a leste da capital paulista.
“A obra da ligação do Rio Atibai com o Rio Jaguari leva 18 meses, então não é uma obra para já. Mas é uma obra estruturante, necessária e significativa. O que nós vamos fazer já é a interligação do Rio Grande, que é um contribuinte da represa Billings com o Alto Tietê.