MÁRCIO FALCÃO
BRASÍLIA, DF – Na véspera da eleição para a presidência do Senado, a bancada do PSB decidiu neste sábado (31) apoiar a candidatura do senador Luiz Henrique (PMDB-SC). A sigla,no entanto, decidiu liberar o senador Romário (RJ), que estreia na Casa, para apoiar a reeleição do senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Na reunião da bancada, Romário justificou que seu voto em Renan era um compromisso assumido com o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e o prefeito Eduardo Paes, que são do PMDB.
Ao todo, o PSB reúne 6 dos 81 senadores. Renan aposta em dissidências como a de Romário para ser reconduzido ao cargo pela quarta vez.
Renan é o candidato oficial do PMDB. Luiz Henrique apresentou sua candidatura avulsa.
Neste sábado, Renan tem intensificado as negociações com senadores tentando esvaziar a candidatura do correligionário. Ele chegou a procurar o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), em busca de suporte, que deve declarar apoio formal na tarde de hoje a Luiz Henrique.
Dentro do PMDB, Luiz Henrique teve o apoio de apenas três senadores: Ricardo Ferraço (ES), Waldemir Moka (MS) e Dario Berger (SC). Nenhum deles compareceu à reunião que selou o apoio ao atual presidente do Senado.
Luiz Henrique encaminhou carta à bancada em que se declarou independente. No total, ele reúne apoio de sete partidos: PP, PDT, PSDB, DEM, PSB, PPS e PSOL.
Apesar da adesão formal dos sete partidos à candidatura de Luiz Henrique, líderes partidários admitem que deve haver defecções em favor de Renan, uma vez que a votação é secreta.