GIULIANA VALLONE
NOVA YORK, EUA – O relaxamento das restrições a viagens entre EUA e Cuba deve elevar o número de norte-americanos visitando a ilha caribenha nos próximos anos, e os dissidentes do regime comunista radicados em Miami querem politizar o novo turismo, chamando a atenção para os abusos cometidos pelo regime dos irmãos Castro, dizem.
Para isso, o Instituto da Memória Histórica Cubana contra o Totalitarismo lançou um guia turístico -ilustrado com fotos antigas da ilha- que lista lugares emblemáticos para a dissidência, como túmulo do líder estudantil Pedro Luis Boitel, morto em 1972 após uma greve de fome em uma prisão em Havana.
Outra sugestão na capital cubana é uma visita a La Cabaña, fortaleza do século 18 ocupada por Che Guevara após a revolução onde “centenas foram fuzilados sem processo judicial.”
“Queremos que as pessoas entendam que há uma Cuba diferente da oficial, daquela que o governo quer mostrar”, disse à reportagem o escritor e jornalista Pedro Corzo, um dos criadores da publicação.
Inicialmente, serão distribuídos 20 mil exemplares do guia a centros acadêmicos e instituições que organizam viagens a Cuba.
Uma parte também será enviada à ilha caribenha e a países como Espanha, Nicarágua e El Salvador.
Na quinta-feira (29), um grupo de senadores apresentou projeto de lei para encerrar todas as restrições a viagens entre EUA e Cuba.