SÃO PAULO, SP – O governo americano repensa a decisão de fornecer armas ao Exército da Ucrânia diante da continuidade dos combates entre as forças de Kiev e os separatistas pró-Rússia no leste do país, informou neste domingo (1º) o jornal “The New York Times”.
Membros da administração do presidente Barack Obama afirmam que a possibilidade foi levantada porque a Rússia não parou de fornecer armamento e combatentes aos separatistas, apesar das sanções econômicas dos EUA e da União Europeia.
Segundo os agentes, a ideia de retomar o assunto veio do secretário de Estado, John Kerry, e do chefe do Estado-Maior, Martin Dempsey. A principal opositora era a conselheira de Segurança Nacional, Susan Rice, que já reconsidera enviar o armamento.
Inicialmente, o governo americano havia fornecido ao Exército ucraniano apenas aparelhos não letais, como coletes à prova de balas, kits de primeiros socorros, equipamentos de engenharia e de comunicação.
Na época, americanos e europeus temiam que o fornecimento de armas provocasse uma ofensiva maior do presidente russo, Vladimir Putin, que criticou diversas vezes o envolvimento do Ocidente no conflito ucraniano.
A maior preocupação nas últimas semanas é com a diminuição do estoque de armas do Exército ucraniano. De acordo com um relatório do governo americano, o governo ucraniano precisa de tanques, mísseis antiaéreos e drones de reconhecimento.
Segundo os membros do governo, Washington considera ainda enviar radares para rastrear melhor a localização de veículos militares e lançadores de foguetes, armas mais usadas pelos separatistas pró-Rússia.
O relatório ainda aponta como prioridade o envio de equipamentos de comunicação que não possam ser interceptados pelos russos, além da montagem de hospitais de campanha.
Além dos Estados Unidos, participariam da operação o Reino Unido, a Polônia e os três países bálticos –Estônia, Letônia e Lituânia–, todos membros da Otan.