A maioria da população brasileira é composta por mulheres e a sua participação é cada vez mais crescente no ambiente corporativo.  Por outro lado, continuamos a ver as estatísticas apontarem níveis altos de desigualdade entre os gêneros. As corporações têm desempenhado um papel crucial no assunto. São elas as responsáveis por minimizar as barreiras e por incentivar o sucesso profissional das mulheres. Deste modo, o nivelamento dos gêneros caminha para uma igualdade maior e favorece a sociedade como um todo. Carreira & Cia conversou com Iêda Novais diretora da KPMG no Brasil.


Papel incentivador das grandes lideranças
Líderes de expressivas empresas do mercado, sempre que possível, retomam a pauta sobre os diversos fatores que continuam a retardar o êxito das mulheres no mercado de trabalho, além das possíveis soluções. Recente levantamento feito pelo Fórum Econômico Mundial revelou que o Brasil caiu, este ano, em nove posições no ranking de equidade de gênero, quando em 2013 ocupava a 62ª posição e atualmente encontra-se no 71º lugar. A queda refere-se principalmente a cargos no setor econômico e político, resultando também na depreciação dos salários e na presença feminina em funções de chefia.


Principais dificuldades
De acordo com os dirigentes das grandes organizações, captar e desenvolver o potencial de liderança feminina ainda é uma preocupação. Contudo, a principal barreira à ascensão profissional é primeiramente inconsciente. Existe ainda uma herança que inibe e afasta as mulheres de cargos de confiança, mesmo quando elas são capacitadas para ocupar tal espaço; a exemplo, uma experiência americana proporcionou a participação do dobro de mulheres em uma orquestra sinfônica depois que os jurados fizeram a avaliação ouvindo os candidatos tocarem às escuras. Sem saber se o artista era homem ou mulher a escolha por mulheres foi maior do que de costume.


Em cada 100 grandes empresas no Brasil apenas cinco tem mulheres na presidência
Dados apontam que, no Brasil, entre as cem maiores empresas, apenas cinco têm mulheres na presidência. Nas de médio porte, a presença fica em 3%; e poucas oferecem opção de jornada flexível para conciliar a vida pessoal. Essa dificuldade em organizar as duas rotinas — pessoal e profissional — é, certamente, a segunda grande barreira enfrentada pela maioria das mulheres.


As profissionais brasileiras são as que menos retornam da licença-maternidade
Existem estudos que apontam que entre mulheres de 14 países, as profissionais brasileiras são as que menos retornam da licença-maternidade. No total, 85% das empresas responderam que menos da metade de suas funcionárias retornou à vida corporativa após o nascimento de seus filhos. A taxa é bem mais alta que a média global, em que 52% das companhias ouvidas em todo o mundo relataram o mesmo problema.


Mães que querem trabalhar e não podem
Por outro lado, também temos as mães que querem trabalhar e não podem, já que não existem ferramentas e métodos garantidos para que suas crianças sejam adequadamente cuidadas. Cerca de 40% dos lares brasileiros são chefiados por mulheres, mas só na cidade de São Paulo faltam mais de 170 mil vagas em creches. Fonte: Redação Salário BR


Curtas

* O presidente do Clube Curitibano, José Antonio Baggio Pereira, recebeu o prefeito Gustavo Fruet, o presidente da Confederação de Clubes (CBC), Jair Alfredo Pereira, o velejador e diretor técnico da Confederação dos Clubes, Lars Grael, para selar um novo convênio. O acordo define o repasse dos recursos oriundos da Loteria Federal, mediados pela CBC, para a formação de atletas.
* Link Monitoramento, especializada em rastreamento de veículos, está a todo vapor. Mesmo com a economia andando de lado, a empresa espera crescer 28% nesse ano e já planeja abrir uma filial nos EUA. Os planos para 2015 são investir na aquisição de um novo software, duplicar a área da empresa em Curitiba e ampliar o número de franquias de 50 para 75 nesse ano.

* O mercado de TI emprega no Brasil mais de 1,3 milhão de pessoas e existe uma tendência de crescimento de oferta na faixa de 30% até 2016. Esse desenvolvimento do setor está buscando candidatos com habilidades que vão além, como conhecimentos em gestão, negociação e comunicação. Kelly Macagnan, diretora de negócios da DISYS para o Paraná e Santa Catarina, explica que saber gerenciar um conflito, apresentar ideias e dialogar com outros setores estão entre as necessidades fundamentais da atuação em TI atualmente.
* O Four Points By Sheraton Curitiba, hotel oficial do  1° Circuito de Caipirinhas, está com tarifas especiais para quem vier prestigiar o evento, que acontece até o dia 7 de fevereiro, em Curitiba (PR). Informações: (41) 3340-4000.


Frase
Quando vires um homem bom, tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo.
(Confúcio)