De olho e preocupada com os excessos no Carnaval, espercialmente no trânsito, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) lança a campanha ‘Carnaval sem Traumas’, a ser promovida pelas secções estaduais da SBOT em todo o Brasil. No Paraná, serão parceiros na ação as concessionárias Caminhos do Paraná e Ecovia, responsáveis por trechos da BR-277, entre Curitiba e o Litoral, e entre Ponta Grossa e Guarapuava. Na Grande Curitiba, a campanha estará na praça de pedágio da BR-277, em São José dos Pinhais, na sexta-feira.

O ano passado os acidentes de trânsito registrados somente no Carnaval nas estradas federais em todo o País provocaram 144 mortes e 1.823 feridos. O Paraná liderou o ranking de mortes nas estradas federais no período (27 óbitos).
Além disto, o número de acidentes entre 28 de fevereiro de 2014 a 6 de março, fim do feriado, foi superior ao de 2013, incluindo também as rodovias estaduais (35 vítimas fatais, contra 33 do ano anterior). A imprudência e ultrapassagens em locais proibidos estiveram entre as principais causas dos acidentes.
Nossa campanha visa mostrar que um cuidado simples, como o uso do cinto, pode evitar e efetivamente sequelas de acidentes que representam muita dor, prejuízo e também arrependimento, diz o diretor de campanhas temáticas da SBOT, Wagner Nogueira da Silva.

Para comprovar que o risco existe e é real, a SBOT usou uma equipe de estudantes de Medicina para fazer um levantamento. A conclusão foi que 87% dos motoristas usavam o cinto, mas no banco de trás 97% dos passageiros entrevistados não usavam e as crianças sem cinto correspondiam a 86% do total.
Também as causas de distração do motorista, que acabam em acidentes, foram levantadas pela SBOT. Dos motoristas entrevistados, 30% dizem que comem ou tomam água ou refrigerante enquanto dirigem, 43% deixam de olhar a rua enquanto trocam um CD ou a estação do rádio, 53% se distraem ao conversar com passageiros e um total de 84% confessa que dirige falando ao celular, embora isso constitua em infração punida pelo Código Nacional de Trânsito.
Segundo o presidente da SBOT, Marco Antonio Percope, um ferido significa horas de trabalho na mesa cirúrgica, meses de tratamento para reabilitação, no caso de uma fratura de fêmur, de braço e pior ainda, quando na coluna e problemas correlatos.