Outro dia recebi um e-mail muito interessante. A pessoa que escreveu é um grande amigo e me conhece muito bem, já teve oportunidade de participar de alguns cursos meus. Ele perguntava: qual seria o equilíbrio entre a programação e a ação? Pois a maioria do seu pessoal passa mais tempo filosofando sobre o que fazer do que realmente indo à luta e fazendo.
Eu não sei se vocês se lembram da série Kung-fu com David Carradine. Foi muito famosa na década de 70, eu particularmente não perdia um episódio. David fazia a personagem de um aventureiro e lutador, cheio de princípios positivos e que seguia uma doutrina de educação e bons modos com uma segurança inabalável trazida da perfeita sintonia mental e um total domínio da arte marcial. Ele vagava de cidade em cidade, sempre a pé ou de carona, e em cada lugar que chegava acontecia um fato que tentava resolver de todas as maneiras como um bom moço, filosofava até o limite do tolerável, mas o desfecho sempre depois de esgotadas todas as tentativas de paz era partir para a luta, pondo em prática suas habilidades de Kung Fu.

Atualmente vemos muita filosofia e pouca ação, seja no campo sentimental quanto no profissional. Discutimos muito, reclamamos muito, fazemos mais reuniões do que precisamos, mais programações de metas do que precisamos e deixamos de ir à luta. Luta esta que não é sair batendo em quem não está de acordo com os nossos princípios, mas sim por a mão na massa e fazer a coisa acontecer. Aperfeiçoe-se, trabalhe, dedique-se. Não se esqueça, para ser bom em qualquer profissão é preciso fazer mais e filosofar menos. Enquanto você pensa os outros agem.
Na Série Kung-fu, a ação representava o ápice de cada episódio. Na vida real a ação, ou seja, a determinação na busca pelo resultado, tem que estar no ápice durante a maioria do tempo. Então menos inércia e mais luta!

Um grande abraço e boa semana.

Desmar Milléo Junior, Autor do Livro: APENAS BOAS INTENÇÕES NÃO BASTAM, Palestrante nas áreas motivacional, comportamental e vendas. Site: www.milleo.com.br