Aos 70 anos, a aposentada Olga Mialik encontrou no voluntariado uma forma de se manter ativa. Além da Rede de Proteção, da qual participa há quatro anos, a idosa também ajuda hospitais com sua boa vontade, algo herdado da família, segundo ela.

Eu sinto comigo que ajudar alguém é tão bom. Acho que vem um pouco de família, porque meu pai, quando morava no interior do Paraná, criou um orfanato para cuidar de crianças abandonadas e eu sempre ajudei, conta. Eu vejo a necessidade das pessoas e não podemos ignorar isso. Por isso, além da Rede de Proteção, também faço trabalho voluntário no Pequeno Cotolengo e no Hospital Erasto Gaertner. Também estou estudando libras para me comunicar melhor com quem precisar, complementa.

No ano passado, Olga foi uma das voluntárias que ajudaram a amenizar o sofrimento daqueles que tanto perderam por causa das chuvas. Eu ajudei separando roupas, a gente fazia os pacotes que depois eram enviados para as cidades afetadas. As vezes eu ficava o dia todo, as vezes só de tarde. Eu fui muitas vezes lá para auxiliar, foram vários dias, relata a idosa.

Outra pessoa que doa parte de seu tempo para ajudar os outros é Daniella Martins, de 23 anos. Assim como Olga, ela é voluntária da Defesa Civil desde 2011 e também atuou nas enchentes de junho do ano passado. Eu conheci a Rede de Proteção através do Palácio Iguaçu (ela trabalha na Secretaria de Cerimonial e Relações Internacionais). Quando comecei a conhecer mais de perto o trabalho deles (Defesa Civil), fui me interessando. Daí nas horas livres fiquei com vontade de ajudar e me coloquei à disposição da Defesa Civil para suprir essa vontade, comenta.

Para incentivar cada vez mais a atividade voluntária, a Defesa Civil tem realizado encontros anuais. No ano passado, por exemplo, o encontro no Parque Barigui reuniu 300 voluntários.