ESTÊVÃO BERTONI
SÃO PAULO, SP – Devido à comoção causada pela morte de seis pessoas de uma mesma família em Cordilheira Alta (a 560 km de Florianópolis), nesta quinta-feira (26), a polícia decidiu que só irá começar a ouvir familiares, amigos e vizinhos das vítimas na próxima segunda-feira (2). Um inquérito foi aberto para investigar o caso.
Os corpos foram encontrados pela empregada da família na manhã desta quinta-feira (26), na comunidade de Fernando Machado. A principal hipótese da polícia é que o técnico agropecuário Alcir Pederssetti, 42, tenha matado a tiros a mulher, a filha de 16 anos, a cunhada, os sogros e depois se suicidado.
Segundo a polícia, não havia sinais de arrombamento ou roubo na casa, e um revólver calibre 38 foi achado ao lado do corpo de Alcir, que trabalhava havia dez anos na prefeitura. A arma estava em seu nome e teve o registro renovado pela última vez em 2010. Vizinhos disseram à polícia que ouviram barulho na casa por volta das 4h desta quinta.
Após terem sido velados no ginásio da cidade, Alcir, sua mulher, Mônica, 33, a filha do casal, Lana, 16, a irmã de Mônica, Lucimar, 36, e os pais dela, Antônio, 68, e Luiza, 65, foram enterrados por volta das 10h30 desta sexta-feira no cemitério da comunidade. O prefeito Alceu Mazzioni decretou luto oficial de três dias no município.
Segundo o agente de polícia Pompílio Claro da Costa, responsável pela delegacia de Cordilheira Alta, a informação de que o casal estava se separando ainda não foi confirmada. “Nenhum dos familiares com quem a gente conversou até agora sabia do problema de relacionamento deles”, disse.
Alcir não costumava dividir com ninguém assuntos pessoais, segundo Costa. “Ele era muito fechado sobre questões de família.” O agente confirmou, porém, que o técnico agropecuário tinha um filho de 14 anos de outro relacionamento.
Costa afirma aguardar o laudo pericial com as provas técnicas que indiquem o que aconteceu dentro da casa. “Eles têm dez dias para apresentar o resultado do laudo. Ainda estamos levantando informações. A comoção aqui é muito grande. Não tem como chamar as pessoas e ouvi-las agora”, disse.