SÃO PAULO, SP -Em assembleia nesta sexta-feira (27), os professores da rede pública do Distrito Federal decidiram terminar a greve que começou no dia 23. Depois de uma votação acirrada, os docentes resolveram retornar ao trabalho na próxima segunda (2) após nova proposta do governo do DF. A categoria marcou uma nova assembleia com indicativo de greve para 9 de abril. As informações são da Agência Brasil.
Segundo o Sinpro-DF (sindicato dos professores), uma comissão de professores esteve com o governador Rodrigo Rolemberg para discutir uma nova proposta. O governo prometeu quitar toda a dívida até o dia 30 de abril, bem como pagar a segunda parcela das férias e, caso haja condições financeiras, antecipar a quitação total dos pagamentos atrasados para março.
A proposta inclui ainda que não sejam descontados os dias parados e que isso conste na folha salarial, desde que haja reposição das aulas.
O presidente do sindicato, Washington Dourado, informou que a maioria da assembleia decidiu por suspender a paralisação. “Segunda-feira, as aulas voltam. Suspendemos a paralisação para preparar para abril a mobilização pelo pagamento do nosso plano de carreira. Caso [isso] não seja atendido, entraremos em greve por tempo indeterminado”, disse Dourado.
Alguns professores, como Tiago Baldês, não concordaram com o final da votação. “O governo não prioriza a educação, nem o sindicato. Esses acordos internos, nos quais não se sabe se houve manipulação, o professor não aceita. Eu acho que se os benefícios não foram pagos até o momento não vão ser pagos até abril. Temos verbas, o problema é que não se dá prioridade à educação. Segunda-feira vamos voltar, mais em respeito aos alunos”, disse Baldês.
Os professores pararam na segunda-feira (23), em protesto pelo não recebimento de benefícios como abono de férias e décimo terceiro salário. Os valores são referentes ao fim do ano passado e somam quase R$ 200 milhões. Do total, R$ 35 milhões foram pagos e mais R$ 35 milhões serão pagos ainda neste mês.