Depois de anunciar que iria seguir o exemplo da Câmara Federal e aumentar as verbas disponíveis para os deputados estaduais, a Assembleia Legislativa voltou atrás e desistiu da ideia. Na sexta-feira, em reportagem da Gazeta do Povo, o presidente da Casa, deputado Ademar Traiano (PSDB), afirmou que o reajuste seria automático, como consequência de medida tomada pela Mesa Executiva da Câmara. Um dia depois, a direção do Legislativo divulgou nota, afirmando que diante da crise financeira que atinge o País, o aumento estava suspenso.

Neste momento há um sentimento dos deputados de que não é hora para fazermos qualquer avanço em razão desse momento crítico do Brasil. Teremos o equilíbrio necessário para sabermos compreender o movimento de rua e também o calor da sociedade,alegou o tucano em entrevista à RPC TV. Nós não vamos implantar qualquer reposição de correção que tenha ficado para trás nesse período, disse o parlamentar. 

Na quarta-feira, a direção da Câmara aprovou reajuste de 18% da verba dos deputados federais para contratação de assessores e de 8,7% do chamado cotão para o pagamento de despesas da atividade parlamentar. Caso repetisse o aumento aqui, a Assembleia paranaense teria um custo adicional de quase R$ 11 milhões por ano. A verba para pagamento de até 23 assessores a que cada um dos 54 deputados estaduais tem direito iria de R$ 78,5 mil para R$ 92,6 mil, e a verba de ressarcimento para despesas de gabinete de R$ 31,4 mil para R$ 34,2 mil.