Mãe judia, mãe carinhosa, mãe fresca, mãe moderna, mãe, mãe, mãe! Tem como rotular o tipo de mãe que você é? Não é necessário tanto, mas o fato é que determinadas características positivas e negativas, depende da perspectiva de cada um.

A Coluna Filhos e Família pediu a opinião de três mulheres, coincidentemente mães de meninos, para que elas mesma se definissem em categorias tipos de mãe.

A mãe moderna – A professora ClaudiaFranco, 45 anos, mãe de Odilon Pscheidt Filho, de 20 anos, se considera mãe moderna. Sou mãe moderna, sempre compreensiva, não deixo de dizer o que acha certo e errado e de se impor, quando necessário. Acho que os limites prepararam melhor o jovem para o futuro, nunca perdendo os vínculos de afeto e de amor. O diálogo é sempre importante para que se estabeleça uma relação de confiança, cumplicidade e carinho dentro da família.

A mãe em tempo integral – Fernanda Frare da Rosa Vianna, 29 anos, mãe do Davi, de dois anos e 2 meses, diz que é mãe em tempo integral. Sou aquela mãe que deixa a casa revirada e desce com o filho pra brincar no parquinho, aquela mãe que aprendeu a jogar bola e brincar de carrinho, que coloca música e dança e canta junto com o filho, que adora brincar de massinha e desenhar, mas não sou super protetora. Deixo ele aprender sozinho certas coisas e interfiro só quando realmente se faz necessário, sou uma mãe que incentiva ele a fazer amizades e as trazer pra dentro de casa, sou aquela mãe que adora que o filho tenha rotina, sou aquela que sabe as limitações do filho e tenta diariamente o fazer crescer, mas acima de tudo sou aquela mãe que respeita e o ama, mesmo muitas vezes sendo dura. Sei que a vida não é fácil, e tento fazer com que ele enxergue isso desde pequeno, porque infelizmente lá fora ele não terá a mãe 24 horas ao seu lado como agora.

A mãe desencanada – Danielle Blaskievicz, jornalista, mãe do Rafael, de três anos, e do Augusto, seis meses, acredita que sua vida continua normal, apesar da chegada dos filhos. Claro que algumas adaptações – logísticas principalmente – e o apoio do meu marido, Guilherme, foram fundamentais. Mas desde recém-nascidos meus pequenos estão acostumados às agendas agitadas nos fins de semana, entre festas de coleguinhas e jantares na casa dos amigos. Rafael, que teve a sorte de nascer na primavera, com apenas 15 dias já estava indo ao teatro. No dia que o Augusto nasceu, o irmão já queria levá-lo à festa de aniversário da amiguinha.

Penso sempre que estou criando meus filhos para o mundo e não posso cerceá-los dentro de uma bolha. Procuro fazer com que o tempo que estamos juntos seja o mais interessante possível, mas não sofro por deixá-los na escola desde os cinco meses de vida e nunca cogitei parar de trabalhar para me dedicar exclusivamente a eles. Falo e penso neles o dia todo, mas quero que tenham suas atividades, assim como eu tenho as minhas. E, claro, que o melhor momento do dia é quando os reencontro na saída da escola.

Ronise Vilela é mãe e jornalista.