O Paraná não tem das maiores frotas de motocicletas no País — são cerca de 1,3 milhão de unidades, ou 5,7% do total das 22,7 milhões da frota brasileira — mas, é o segundo consumidor de equipamentos voltados para a segurança do motociclista. O comércio de capacetes, jaquetas e calças reforçadas, luvas e bota específica, por exemplo, só é menor que o de São Paulo. O Estado representou 20% do total dos 400 milhões de itens vendidos em 2014 no País, atrás apenas dos paulistas, que consumiram 32% do total. O Rio Grande do Sul vem a seguir, com 16%.

Podemos dizer que o perfil do motociclista mudou muito nos últimos anos em todo o País e principalmente aqui no Sul. Antes ele comprava somente capa de chuva e capacete. Hoje, ele já pensa mais na proteção e investe em acessórios que protegem na hora da queda e evitam implicações na pele, como queimaduras, afirma Charlles dos Reis, gerente comercial da Laquila, maior distribuidora de equipamentos de segurança para motociclistas da América Latina.

Os motociclistas são o principal grupo de risco no trânsito, com participação de 37% do total de acidentes no Estado. Nos últimos seis anos, foram registrados no Paraná 127.151 acidentes com motos (dados até 2014). Por exemplo, é como se nesse período cada habitante de Apucarana, cidade do Norte do Estado, tivesse sofrido um acidente sobre duas rodas.

De janeiro a março de 2014, motociclistas dos três Estados da Região Sul somaram 19% do total de indenizações pagas no Brasil. Em todo País, 74% das indenizações foram destinadas aos motociclistas.

Pode ou não

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) tem normas sobre o vestuário adequado para motocicleta, porém, ainda não há regulamentação específica sobre o que é proibido ou permitido. De acordo com o Código Brasileiro de Trânsito, o que é indispensável para motociclistas, em qualquer situação, é o uso de capacete.

Se o capacete não possuir viseira o uso de óculos de proteção, que permite a utilização simultânea de óculos corretivos ou de sol é indispensável. Capacetes de qualquer outra natureza, mesmo o popular coquinho, não são permitidos.