SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O protesto de caminhoneiros que ocorre desde as 9h nos dois sentidos da rodovia Raposo Tavares (SP-270) continua aumentando, apesar de não bloquear a passagem de carros, de acordo com o 2° Batalhão da Polícia Rodoviária. As manifestações se concentram em dois pontos: um deles fica próximo ao município de Assis e Presidente Prudente, nos quilômetros 561 e 566, reunindo 233 caminhões, segundo a última contagem da polícia. O outro, próximo à cidade de Palmital, no quilômetro 426 da Raposo, já forma uma fila de caminhões no acostamento de mais de quatro quilômetros.
O protesto ocorre mesmo após a sanção, pela presidente Dilma Rousseff, da Lei dos Caminhoneiros, que atende grande parte das reivindicações da categoria. Entre as principais mudanças estão o aumento do tempo máximo diário de direção dos motoristas e a redução do número de paradas para descanso.
Também foram introduzidas mudanças que vão permitir que os caminhões não paguem pedágio pelos eixos que não estiverem em uso e a permissão para que eles trafeguem com mais carga que o permitido até então. A lei ainda depende de regulamentação para ser implementada.
Apesar dos protestos, todas as estradas estaduais do país encontravam-se liberadas para o tráfego normal, por volta das 13h30 desta terça-feira (3). As interrupções feitas pelos caminhoneiros seguem, no entanto, em sete trechos de estradas federais do Rio Grande do Sul. Os trechos bloqueados atingem as rodovias nas cidades de Cachoeira do Sul, Frederico Westphalen, Três Passos, Três de Maio, Palmeiras das Missões, São Martinho e Rio Grande.
Mais cedo, o governo havia informado que havia cinco bloqueios de caminhoneiros, todos no Rio Grande do Sul, o menor número desde o início da greve.