O presidente do Paraná Clube, Rubens Bohlen, denunciou uma tentativa de golpe para tirá-lo do cargo. Um grupo ofereceu R$ 4 milhões para que o dirigente renunciasse à presidência e entregasse o departamento de futebol.

Fui procurado por um conselheiro no dia 19. Disse que um grupo estava se organizando para dar apoio financeiro ao Paraná Clube, disse Bohlen, em entrevista para a rádio Transamérica. Esse mesmo conselheiro me disse que eu estava convidado a participar do grupo. Foi o que aconteceu no primeiro contato. Depois, no dia 25, recebi essa mesma pessoa, que é o superintendente das categorias de base, Carlos Werner. Ele veio acompanhado por mais uma pessoa. O João (Quitéria), da Fúria Independente, contou.

Eles disseram que existia esse grupo para fazer um aporte de R$ 4 milhões para tocar exclusivamente o futebol. Se fosse R$ 20 ou R$ 30 milhões, a conversa seria diferente. R$ 4 milhões não vai resolver o problema do Paraná Clube, declarou Bohlen. Mas esse aporte só viria se eu renunciasse. Por que renunciar? Em que o Rubens atrapalha o Paraná? Será que estão querendo comprar uma vaga de presidente? Não me presto a esse tipo de serviço, explicou o presidente do Paraná.

Eles deveriam apresentar um projeto. É futebol? E qual o projeto para o social? Nós temos um projeto para o clube, com passado, presente e futuro. Todas as nossas decisões passam pelos conselhos, argumentou. O que estão propondo é um golpe. E eu não aceito, completou.

Na segunda-feira, Bohlen recebeu uma carta de renúncia de Carlos Werner, que vinha administrando as categorias de base.

O episódio fez o presidente assumir publicamente que o Paraná Clube está rachado internamente. Afirmo que está sim. A união só está no nosso hino. Temos grandes paranistas. Por que não agrupar? E pensar na instituição Paraná Clube?, indagou.