FELIPE DE OLIVEIRA RIO DE JANEIRO, RJ – O inquérito sobre a morte do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, morto na favela Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, em abril de 2014, foi concluído pelo delegado Gilberto Ribeiro, do 13ª DP (Ipanema), e aponta um soldado PM como responsável pelo crime. Ribeiro vai pedir nesta quarta-feira (4) a prisão, sob acusação de homicídio, do soldado Walter Saldanha Correa Júnior, segundo informação divulgada pelo “Jornal Nacional”, da TV Globo. O laudo da necropsia, ao qual a emissora teve acesso, identificou que o tiro supostamente disparado pelo PM teria atingido DG pelas costas, entre a região lombar e a região dorsal, de baixo para cima. A bala destruiu o pulmão e saiu perto do ombro direito. No dia 14 de janeiro, o jornal “Extra” já havia antecipado que o laudo da perícia indicaria que a bala que causou os ferimentos mortais ao dançarino havia saído da arma de um PM. A reportagem não conseguiu contato com o delegado Ribeiro nem com o acusado na noite desta terça-feira (3). DG foi encontrado morto próximo a um barranco, dentro de uma creche da comunidade. Ele era dançarino do programa “Esquenta”, da TV Globo, e sua morte causou uma série de protestos. Um desses atos resultou na morte de outro rapaz. Segundo familiares, Douglas teria ido até a comunidade para visitar a filha de 4 anos, que vive na comunidade. De acordo com a coordenação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), PMs da unidade foram checar uma denúncia de que traficantes armados estariam circulando num beco da favela. Ao chegar à viela, eles foram recebidos a tiros. Houve confronto, mas não teriam sido identificado feridos. No dia posterior ao confronto, o corpo de DG foi encontrado durante a perícia realizada pela Polícia Civil.