ARTUR RODRIGUES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Prefeitura de São Paulo suspendeu nesta quarta-feira (4) por 120 dias três servidores suspeitos de participar de casos de corrupção.
Um deles, o engenheiro Roberto de Faria Torres, é suspeito de receber propina durante a CPI dos Alvarás na Câmara Municipal.
A Folha de S.Paulo revelou que, nos últimos cinco anos, ele adquiriu 19 imóveis – apartamentos de alto padrão, vagas em edifícios-garagem e boxes em prédios comerciais no Estado. Um dos imóveis é uma mansão com 23 cômodos em três andares – incluindo sete suítes, duas cozinhas e sala de sinuca, mais 11 banheiros, piscina e garagem para 12 carros.
Ele apareceu em imagens veiculadas pelo “Fantástico”, da TV Globo, com um outro assessor parlamentar, pedindo R$ 15 mil a um comerciante em troca de um laudo.
Outros dois suspensos são apareceram nas investigações da máfia do ISS são Aloísio Ferraz de Camargo e William de Oliveira Deiro Costa.
Um dirigente da incorporadora MAC afirmou que Camargo atuava como intermediário entre a empresa e o núcleo da máfia do ISS. Pelo esquema, os fiscais cobravam propinas e em troca davam descontos no ISS das obras.
Já Costa foi sócio em uma lotérica com outros investigados do grupo, em um suposto esquema de lavagem de dinheiro proveniente de propina.
OUTRO LADO
A defesa de Roberto Torres nega que ele tenha recebido propina e justifica o patrimônio dele como resultado de herança e sociedade com familiares.
Deiro Costa e Camargo não foram localizados pela reportagem.