O Índice de Preços ao Consumidor de Curitiba (IPC) – calculado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) – fechou em 1,15%, alcançando o maior patamar para o mês desde 1999.

Na comparação mensal a taxa foi 0,74% pontos percentuais (p.p.) acima da observada em janeiro (0,41%), Já na comparação com fevereiro de 2013 o avanço foi de 0,77 p.p. O índice acumulado no ano está em 1,57% e nos últimos 12 meses em 6,54%.

Os grupos Transporte, com variação percentual de 3,24%, e Despesas Pessoais, com 1,08%, exerceram as maiores pressões sobre o resultado mensal. Em seguida, respeitando a ordem de contribuição, estão Alimentos e Bebidas com taxa de 0,52%, Artigos de Residência (0,92%), Saúde e Cuidados Pessoais (-0,34%), Vestuário (-0,42%), Habitação (0,23%), Comunicação (0,20%) e Educação (0,26%).

MAIOR PESO – Os preços que dependem de autorizações para reajuste, conhecidos como preços administrados ou monitorados, responderam significativamente pela aceleração do grupo Transporte. Gasolina comum, tarifa de ônibus urbano e etanol combustível apresentaram variações de 13,32%, 9,43% e 12,94%, respectivamente. Acrescentam-se, ainda a este grupo, as altas nos preços de automóvel nacional usado (0,90%), automóvel nacional zero km (1,58%) e automóvel importado zero km (2,35%). A contribuição percentual do grupo Transporte no resultado geral foi de 82,5%. O reajuste da gasolina comum refletiu em 33,7% sobre o índice deste mês e a passagem de ônibus urbano de Curitiba representou uma contribuição 9,92% no IPC.

O grupo Despesas Pessoais foi pressionado por acréscimos de 2,07% nos salários de empregada doméstica e de 2,24% em cabeleireiros.

Já o comportamento do grupo Alimentos e Bebidas está relacionado às majorações de 34,57% em ovo de galinha, 0,79% em refeição fora de casa, 7,79% em coxão mole e de 26,92% em alface. Por sua vez ocorreram quedas de 26,01% em batata-inglesa, 8,43% em maçã, 6,41% em iogurte e de 8,11% em banana caturra.

As quedas nos preços de creme bronzeador (-3,41%) e de remédios como antigripal (-7,39%) e anti-hipertensivo (-5,00%) deram suporte para a variação negativa do grupo Saúde e Cuidados Pessoais, que apresentou como principais altas as variações de 1,27% em planos de saúde e de 3,65% em perfume.

Os principais destaques que contribuíram com o comportamento do grupo Vestuário foram os declínios de -3,60% para calça comprida masculina, de -6,64% para vestido adulto e de -2,48% para blusa e camisa femininas.

Em Habitação, destaca-se o aumento de 0,80% em aluguel residencial.